segunda-feira, 10 de março de 2014

Aula 3 – 7º Ano – A evolução dos seres vivos

A importância dos fósseis

O estudo dos fósseis é importantíssimo para descobrir informações sobre espécies de seres vivos que habitaram nosso planeta. Os fósseis são restos ou vestígios de seres vivos que foram conservados ao longo do tempo e o ramo que estuda os fósseis é a paleontologia. As estruturas de consistência dura dos seres vivos são preservadas em fósseis, comumente encontrados em ambientes marinhos, lagos e pântanos, pois há maior possibilidade de ocorrer fossilização do que em ambientes terrestres, sendo que os fósseis são encontrados em rochas sedimentares. São formados pelo preenchimento de espaços vazios dos organismos por alguns minerais, substituição das moléculas orgânicas por moléculas de compostos minerais (preservando a forma do organismo), por marcas deixadas no solo, que petrificam ao longo do tempo auxiliando na obtenção de informações sobre hábitos alimentares, aparência, tamanho, habitat, entre outros dados de determinada espécie, permitindo estabelecer relações de parentesco entre os seres vivos.

Adaptação e Evolução dos seres vivos

A adaptação de uma determinada espécie ao ambiente em que vive é devida às características que o ser vivo possui e que contribuem para a sobrevivência e reprodução do mesmo naquele ambiente.
Teorias da evolução tentam explicar a evolução dos seres vivos. O naturalista Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, conhecido como Lamarck foi um dos primeiros a propor uma teoria sobre a evolução. A Teoria de Lamarck partiu da Geração Espontânea de Aristóteles  e dizia que organismos vivos primitivos surgiam espontaneamente e que os organismos mais complexos surgiram há mais tempo. Outra proposta de Lamarck foi: os membros que os animais utilizam com maior frequência se desenvolveriam mais que os menos utilizados. Também acreditava que as características adquiridas ao longo da vida eram passadas para outras gerações e essa teoria ficou conhecida como Uso e Desuso e da Herança de Caracteres Adquiridos.
O naturalista inglês Charles Darwin dizia que diferentes espécies descendem de um único ancestral em comum. Segundo Darwin, os recursos do ambiente são limitados levando os indivíduos de uma espécie competir entre si e com os de outras espécies, os indivíduos reproduzem-se gerando descendentes férteis e os indivíduos de uma espécie não são idênticos e sim semelhantes de características variáveis afetando suas chances de sobrevivência e reprodução, são fatores decisivos para o sucesso de determinadas espécies em relação à outra levando em conta os fatores ambientais. Ao longo da evolução das espécies houve um processo de seleção das mais aptas àquele momento e este processo chamado por Darwin de Seleção Natural. A evolução é o processo de transformação pelo qual passam os seres vivos, incluindo a origem de novas espécies. Essas transformações ocorriam devido mutações e variabilidade genética (Mendel).
As mutações são alterações no material genético existente no interior das células dos seres vivos e podem ser favoráveis ou não para a adaptação dos organismos ao ambiente, portanto, por meio de seleção natural o ambiente preserva organismos que possuem características favoráveis para aquele momento contribuindo para a adaptação das espécies.
A variabilidade genética ocorre devido à reprodução sexuada da qual há mistura de material genético entre dois gametas (masculino e feminino), gerando indivíduos geneticamente diferentes, que contribui para o aumento da variabilidade genética de uma espécie.

REFERÊNCIAS:
  • Barros, Carlos. Ciências / Carlos Barros e Wilson Paulino – 5. Ed. – São Paulo: Ática, 2012;
  • Favalli, Leonel Delvai. Projeto radiz: ciências, 7º ano / Leonel Delvai Favalli, Karina Alessandra Pessôa, Elisangela Andrade Angelo. São Paulo: Scipione, 2009.


Aula 2 – 7º – A origem da vida

ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS

Como surgiu a vida?

Há muito tempo que os cientistas tentam responder como surgiu a vida na Terra desenvolvendo hipóteses e modelos científicos. Os principais estudos foram:
Aristóteles – até o século XIX, alguns seres vivos poderiam resultar não só da reprodução de seres vivos preexistentes, mas espontaneamente de matéria sem vida e ficou conhecida como geração espontânea ou abiogênese. Segundo defensores da hipótese, determinados materiais poderiam conter “princípio ativo”, “capacidade” de transformá-los em seres vivos. Era por meio da abiogênese que explicava-se o aparecimento de lombrigas no intestino humano, desconhecendo o ciclo de vida do verme.
Oparin e Haldane – durante a formação, ao surgirem os oceanos, a atmosfera era constituída de hidrogênio, metano, amônia e vapor de água. Com a grande incidência de tempestades elétricas e raios ultravioletas provocaram reações químicas na atmosfera primitiva formando aminoácidos armazenados nos oceanos. Posteriormente os aminoácidos formaram proteínas. Segundo a hipótese as proteínas foram se agrupando e formaram os coacervados, que eram capazes de absorver substâncias do ambiente. Ao longo de milhões de anos, substâncias presentes nesses oceanos teriam se agregado aos coacervados tornando-os mais complexos quimicamente, e depois de ocorrerem diversas reações químicas ao longo de milhões de anos, viriam a surgir os ácidos nucleicos, como o DNA.
Em 1953, Stanley Miller e Harold Urey (norte americanos) simularam em laboratório uma atmosfera parecida com a que se acreditava ser a atmosfera primitiva há bilhões de anos. Nesta experiência havia um recipiente de vidro contendo os gases da atmosfera primitiva (hidrogênio, amônia, metano e vapor de água) e representando as tempestades elétricas, Miller e Urey, emitiram descargas elétricas na mistura de gases presentes no recipiente. Havia ainda outro recipiente com liquido em ebulição para produzir o vapor de água e simular as chuvas e o meio líquido primitivo. Após alguns dias verificaram a presença de aminoácidos no recipiente que continha água em ebulição, os quais são essenciais à formação dos seres vivos. Estas informações deram mais apoio a hipótese de Haldane e Oparin.

REFERÊNCIAS:

  • Barros, Carlos. Ciências / Carlos Barros e Wilson Paulino – 5. Ed. – São Paulo: Ática, 2012;
  • Favalli, Leonel Delvai. Projeto radiz: ciências, 7º ano / Leonel Delvai Favalli, Karina Alessandra Pessôa, Elisangela Andrade Angelo. São Paulo: Scipione, 2009.


Aula 1 – 7º Ano – Reconhecendo um ser vivo

Hoje sabemos que todos os seres vivos são formados por células. Mas a ideia de que os seres vivos tinham organização celular foi incrementada pelos biólogos alemães Theodor Schwann e Matthias Schleiden, que verificaram a presença de células em organismos vegetais e animais. Reuniram informações e formularam a teoria celular.
A teoria celular considera:
  • Todos os seres vivos tem organização celular;
  • Toda célula se origina de outra existente;
  • A célula é a menor porção viva capaz de realizar funções que a mantem viva.

Existem seres unicelulares ou pluricelulares. Alguns unicelulares são procariontes (não possuem núcleo delimitado por membrana) e eucariontes (possuem núcleo delimitado por membrana).
As células dos seres vivos pluricelulares passam por um processo de diferenciação em que se especializam em certas funções. Os níveis de organização dos seres vivos são CÉLULAS – TECIDOS – ÓRGÃOS – SISTEMAS – ORGANISMO. Portanto, o conjunto de CÉLULAS que desempenham determinada função no organismo é chamado TECIDO. Dois ou mais TECIDOS podem agrupar-se para formar um ÓRGÃO (exemplo: pele). Os órgãos podem trabalhar em conjunto desempenhando determinada função e teremos um SISTEMA. O conjunto de todos os SISTEMAS forma o ORGANISMO.
Os seres capazes de produzir seu próprio alimento são denominados AUTÓTROFOS (fotossíntese – plantas) e os que se alimentam de outros seres vivos são denominados HETERÓTROFOS. Os heterótrofos podem ser herbívoros (alimentam-se de plantas), carnívoros (alimentam-se de carne de outros animais), onívoros (alimentam-se de plantas, animais e outros seres vivos), hematófagos (alimentam-se de sangue) e detritívoros (alimentam-se de detritos ou restos orgânicos).
Todos os seres vivos passam por diferentes fases em sua vida que constitui seu ciclo de vida com duração variável. O ciclo de vida envolve etapas como nascimento, crescimento, desenvolvimento, envelhecimento e a morte. Também tem capacidade de reproduzir-se de forma assexuada ou sexuada. Na reprodução assexuada, os descendentes são gerados por um único indivíduo e não ocorre a mistura de material genético (exemplo: bactérias e algumas plantas e hidras). Já na reprodução sexuada, há mistura de material genético por meio dos gametas (exemplo: maioria dos animais).
O metabolismo é o conjunto de processos que permitem que um ser vivo obtenha energia, forme ou renove suas estruturas, cresça e se desenvolva. Os seres vivos podem ter metabolismo aeróbio (que necessita de gás oxigênio para realizar a respiração celular) e anaeróbio (que não necessita de gás oxigênio para sobreviver).
Muitos estímulos são recebidos dia e noite, sendo que os seres vivos tem a capacidade de reagir a eles e produzir respostas. Exemplo: quando estamos com frio (estímulo) nossos pelos eriçam (resposta), isto é, ficam arrepiados.

REFERÊNCIAS:

  • Barros, Carlos. Ciências / Carlos Barros e Wilson Paulino – 5. Ed. – São Paulo: Ática, 2012.