quarta-feira, 25 de julho de 2012

Trabalho publicado no Salão de Iniciação Científica de 2009 - ULBRA Torres

TESTES DE SENSIBILIDADE A AGENTES ANTIMICROBIANOS DE BACTÉRIAS ISOLADAS DE PESCADOS E DE EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS APORTADAS NO MUNICÍPIO DE PASSO DE TORRES (SC)

Eliane Pereira Behenck, Tiago Machado da Silva, Fernanda Brocca de Matos, Daniel Bedinote da Rocha, Walter Nisa-Castro-Neto & (Diego Antonio Viana Gomes) - eliane.pb@hotmail.com

PROJETO CARCHARIAS; Departamento de Biologia; Universidade Luterana do Brasil - Torres; Rua Universitária, 1900, Parque do Balonismo; Torres, Rio Grande do Sul, Brasil. CEP 95560-000.

Os testes de sensibilidade aos agentes antimicrobianos são de importância relevante para direcionar a estratégia de combate a um patógeno, visto que bactérias resistentes a antibióticos são encontradas em todos os ambientes e podem causar infecções ao seu hospedeiro. O pescado é muito vulnerável a contaminações por microrganismos patogênicos e como seu consumo tem aumentado nos últimos anos, elevaram-se os surtos de toxinfecção alimentar. O fator etiológico das toxinfecções alimentares relacionadas a bactérias, muitas vezes envolvem uma difícil intervenção farmacológica e geralmente estão inclusas na resistência dessas aos quimioterápicos. As bactérias quando resistentes a múltiplos agentes antimicrobianos tornam a terapêutica da infecção mais difícil. Analisaram-se os resultados de testes de sensibilidade a agentes antimicrobianos de bactérias mesófilas, isoladas de pescado e de barcos de pesca aportados no porto do Passo de Torres (SC). As amostras foram coletadas em alto mar com swabs estéreis nas escamas de linguados (Paralichthys spp.) ainda emalhados e no convés, sendo posteriormente inoculadas em meio de cultura. Dessas amostras, após o processamento, transcorreu a seleção aleatória de 10 cepas bacterianas para a identificação e testes de sensibilidade a agentes antimicrobianos. Para os testes, utilizaram-se discos de papel impregnados com concentrações conhecidas de ampicilina, ceftriaxona, estreptomicina, imipenem, kanamicina, ácido nalidíxico, neomicina e tetraciclina. Os antibiogramas foram realizados em diluição de 0,5 na escala de Mac Farland, semeadas em placas com 25ml de Agar Muller Hinton, utilizando o método de difusão em placa e incubados a 37ºC por 18-24h. Todos os testes foram realizados em triplicata. Após incubação das placas, o diâmetro do halo inibitório foi medido (mm) e os resultados interpretados como sensíveis, intermediários ou resistentes. Das 10 cepas testadas, duas foram susceptíveis a todos os antimicrobianos, e oito, apresentaram resistência a pelo menos um dos oito agentes testados. Cinco cepas de Staphylococcus aureus e três bastonetes Grampositivos apresentaram padrões de múltipla resistência. Para essa amostragem, a neomicina foi o agente antimicrobiano mais eficaz, não havendo nenhuma cepa resistente. Esses resultados apontam para a existência de microrganismos com características de resistência vinculadas ao pescado, o que demonstra a necessidade de reforçar a atenção no preparo e nos procedimentos de boas práticas ligadas a esse importante alimento.

Palavras chave: antibiograma; pescado; agentes antimicrobianos; microrganismos

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