sábado, 28 de julho de 2012

Aula 1 – 5ª Série / 6º Ano

TERRA

A Terra até pouco tempo atrás não podia ser observada do espaço. Precisávamos refletir muito e examinar atentamente alguns sinais da natureza para imaginar sua provável forma.
Desde o principio dos tempos, a humanidade buscou respostas para os fatos que observava e que despertava curiosidade. Viam o céu azul e o Sol “andar” pelo céu ao longo do dia. Chegando a noite viam o mesmo céu salpicado de estrelas, umas piscando mais, outras brilhavam mais fortes e ainda havia aquelas que, pelo brilho fraco, pareciam mais distantes, mas todas se movimentavam pelo céu.

As explicações dos povos antigos

A beleza da noite, o colorido do amanhecer e do pôr do sol encantava a humanidade. Talvez a sensação agradável tenha influenciado os povos antigos a imaginar o céu como a morada dos deuses.
Observando o céu os povos antigos começaram a associar os períodos de chuva com o aparecimento de determinadas estrelas e a estabelecer a relação entre causa e efeito entre os fenômenos. Estudando estes fenômenos puderam elaborar calendários e prever o melhor período para o cultivo da terra.
Exemplo: Eclipse solar – os antigos chineses observavam que às vezes o dia escurecia e o Sol desaparecia. A explicação que tinham era que um enorme dragão abocanhava o Sol tentando arrastá-lo consigo e para que o Sol não sumisse, as pessoas se reuniam e faziam barulho para espantar o  dragão.
Já os povos que habitam a Índia há 3 mil anos elaboraram uma imagem extremamente curiosa da Terra, onde era uma semi-esfera, apoiada sobre quatro elefantes, que estavam de pé sobre uma imensa tartaruga.
E estes mesmos povos conseguiam prever, através de suas observações, a ocorrência de eclipses com certa antecedência.
Ao longo do tempo, o ser humano começou a registrar suas observações, elaborando explicações para os fenômenos que observava.

Descobrindo a forma da Terra

A lua ao longo do tempo mostrou a real forma da Terra, pois depois de vários eclipses lunares, o ser humano chegou a seguinte conclusão: só vemos o eclipse lunar algum tempo depois de a Lua surgir no horizonte e depois de o Sol se pôr. O eclipse acontece quando a sombra da Terra é projetada na Lua. As pessoas começaram a perceber que a sombra da Terra era arredondada, o que indicava que tinha uma forma de esfera.

Novos Modelos

Ptolomeu
Um dos primeiros e mais famosos modelos foi proposto por um grego chamado Ptolomeu, no século II da era cristã, há quase 1800 anos. Neste modelo a Terra se encontra no centro do universo, e o Sol e demais 6 planetas giram em torno dela (Modelo Geocêntrico), sendo considerado válido por mais de mil anos.  Só puderam ser observados os planetas Mercúrio, Vênus, Marte, Júpter e Saturno, Netuno e Urano só podem ser observados a partir do auxílio de instrumentos (luneta e telescópio).

Copérnico

Em virtude das Grandes Navegações havia a necessidade de mapas celestes mais precisos. Isto levou o ser humano a examinar novamente o céu, e por volta de 1500, depois de analizar o movimento dos astros por alguns anos, o polonês Nicolau Copérnico chegou a conclusão que o modelo de Ptolomeu (Geocêntrico) não estava correto. Copérnico acreditava que o centro do sistema solar era o Sol (Modelo Heliocêntrico). O principal argumento dado foi que pela distância que se encontrava da Terra e pelo grande tamanha de sua órbita, era praticamente impossível que o Sol desse uma volta completa em torno da Terra em apenas 24 horas.
Essa afirmação de que a Terra não era o centro do universo criou uma série de problemas com a Igreja, e dizer que a Terra não se encontrava no centro do universo era colocar em dúvida a predileção de Deus pelo nosso planeta. Copérnico com isso demorou a divulgar suas ideias, o que aconteceu n ano de sua morte, em 1543.
No modelo de Copérnico o Sol passou a ocupar o centro do sistema solar. Mais tarde com a ajuda de telescópios foram descobertos Urano, em 1781, Netuno, em 1846, e Plutão, em 1930 (atualmente rebaixado a categoria de planeta anão, devido sua massa ser menor que a da Lua).

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